Eduardo Assis ressalta a importância de ter conhecimento de todos os aspectos relativos ao uso dos defensivos
A população mundial cresceu, e tudo indica que continuará crescendo. Nesse cenário, de grande expansão, entra a importância dos defensivos agrícolas, um aliado que auxilia no aumento da produção de alimentos. Com o uso correto, será possível cobrir a grande demanda alimentícia do mundo reduzindo a degradação química, física e biológica do solo, que é um bem não renovável.
Eduardo Assis, produtor e advogado especialista em agronegócio, informa: “Apesar das grandes especulações e preconceitos, os agrotóxicos têm muitos benefícios para a produção em grande escala. Eles conseguem combater determinadas espécies invasoras que prejudicam a produtividade esperada da área, conservar a qualidade da água e a saúde das plantas”.
Os defensivos no Brasil são registrados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em um processo extremamente rigoroso, podendo demorar de 15 a 17 anos para aprovação. As empresas interessadas em utilizar os fertilizantes devem fazer o pedido de registro e licença para uso diretamente na Anvisa e após amplo estudo, os defensivos poderão ser, ou não, liberados pela agência.
O produtor ressalta que, “ao negar o uso dos defensivos agrícolas, a gente está automaticamente determinando que as populações mais pobres do mundo, não só do Brasil, tenham que pagar mais caro pelo seu alimento.”
E com seus inúmeros benefícios, há também malefícios que podem ocorrer, principalmente devido a aplicação de forma incorreta. Manejar defensivos agrícolas de forma indevida pode acarretar muitos prejuízos e situações de risco, para quem está aplicando e para quem está próximo.
“Ocorreu em Goiás, umas 3 ou 4 vezes, nuvens de defensivos agrícolas que foram jogados em escolas e comunidades próximas a produções agrícolas por causa de erros de aplicação. Essas são exceções, merecem ser punidos e destacados, mas a grande maioria das fazendas não irá cometer um crime ambiental de tal magnitude.”
Inclusive, tem regras para a execução dessas aplicações e devem ser seguidas. O advogado explica que tudo deve estar de acordo com o que a legislação prevê, e reforça a necessidade de um agrônomo efetuar a prescrição, que define a forma, quantidade e qual tipo de molécula deve ser aplicada na produção.
“A aplicação não está a Deus dará, é importante ter conhecimento de todos os aspectos relativos ao uso dos defensivos, transporte dos agrotóxicos, cuidados durante o preparo da calda e aplicação dos produtos, identificar as condições climáticas na pulverização e conferir se é o melhor momento e até mesmo conhecer a forma correta de lavagem e descarte das embalagens vazias.” conclui Eduardo Assis.
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